terça-feira, 27 de setembro de 2011

O que não pode deixar de ser trabalhado na Educação Infantil

 Ser Professor é ter a certeza de que faz parte de sua
 tarefa docente não apenas ensinar conteúdos,
 mas também ensinar a pensar certo”.
Paulo Freire


No dia 17 do corrente mês realizou-se o II Encontro Pedagógico de Educação Infantil, sediado na EMEF José Lourenço, os participantes distribuídos entre docentes, técnicos e diretores de escolas de Educação Infantil. Com o tema geral – O que não pode deixar de ser trabalhado todos os dias nas turmas de Educação Infantil.

O encontro subdividiu-se em dois momentos distintos e integrados a saber: No primeiro momento, lançou-se o seguinte questionamento ao grupo – Para você professor o que não pode faltar na aula de Educação Infantil? Evidentemente obtivemos várias respostas e muitos dos participantes corresponderam com as expectativas. É óbvio que esse era nosso ponto de partida para iniciarmos a discussão do tema. Sabe-se que existem referências de práticas pedagógicas que respeitam as características das faixas etárias das crianças e, assim, promovem o desenvolvimento das turmas.


Com base nas Orientações didáticas dos Referenciais Curriculares Nacionais de Educação Infantil – RCNEI, que enfatizam as experiências: Brincar, Linguagem Oral, Movimento, Arte e Leitura Escrita como atividades que não podem ser deixadas de lado. Para legitimação dessa prática é necessário que a Educação Infantil seja baseada em uma Proposta Pedagógica consistente.



De acordo com os RCNEI o professor precisa ter como parte de sua rotina o planejamento e a avaliação das atividades, levando em consideração a organização do tempo, do espaço e dos materiais em função das características da turma. Existem boas práticas que respeitam o modo de ser e de pensar específico de cada idade. Forçar as crianças a ficar sentados e quietos o tempo todo é inadequado, pois está provado que usar o corpo em movimento é um dos meios que eles têm de aprender. Da mesma forma, pedir que uma classe de pré-escola apenas pinte ou complete uma figura pronta, por exemplo, não leva a nada.

 Hoje já se sabe que é preciso desenvolver as diversas linguagens da criança para que se ampliem suas capacidades cognitivas, e o desenho é uma delas. Esses conhecimentos vêm sendo divulgados desde que a Educação Infantil começou a ganhar importância, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), que considerou essa etapa do ensino parte da Educação Básica. Mas falta muito para que esses saberes sejam incorporados à rotina de todas as escolas .

No segundo momento, apresentamos a proposta dos Cantinhos da Educação Infantil como estratégia de desenvolvimento das experiências anteriormente abordadas. De acordo com KRAMER a utilização de cantinhos na sala de aula é de fundamental importância para o bom desenvolvimento da criança, pois assim os alunos terão a oportunidade de estudar em um ambiente propício para desenvolver suas habilidades de uma maneira prazerosa e lúdica. Sugestões de Cantinhos:
Cantinho da leitura;

Cantinho dos Brinquedos;

                                                     Cantinho dos Jogos Pedagógicos;

Cantinho da Música;

Cantinho das Dramatizações;


Metodologia: São organizados de 4 a 5 cantinhos por dia dependendo da quantidade de alunos. Para que todos possam participar de todos os cantinhos foram elaboradas as seguintes regras: 4 a 6 alunos por cantinho sendo meninos e meninas juntos, rodízio de 30 minutos por dia. Todos são responsáveis pela organização do cantinho para os próximos grupos. Todos deverão zelar dos materiais. Ao final do dia é feita uma nova rodinha de conversa para avaliar a dinâmica dos cantinhos onde as crianças podem dar sua opinião, sugestões sobre as atividades desenvolvidas naquele dia. Você pode propor ao grupo de acordo com o interesse deles a criação de outros cantinhos.
“Nesse tipo de trabalho, os professores observam permanentemente a movimentação das crianças e, ao mesmo tempo, dos diferentes grupos, a fim de oferecer novos materiais, desafios ou experiências e ampliar os conhecimentos em jogo.” ( Kramer)
Essa prática pedagógica propicia a observação e análise da criança individualmente e no grupo. É importante que o professor faça as intervenções necessárias para o bom andamento das atividades sendo um verdadeiro mediador do processo educativo. Sabemos que em algumas de nossas escolas tais práticas já vêm sendo desenvolvidas, esperamos que os participantes do encontro possam agregar as suas práticas às sugestões propostas. Um grande abraço!
Em anexo, textos que fundamentaram as discussões durante o encontro, se você deseja ter acesso aos textos pode solicitá-los pelo e-mail: coedisemedbb@hotmail.com, terei muito prazer em enviá-los.  São eles: A Perspectiva de Jean Piaget – Lino de Macedo; Brincar é mais que aprender – Lino de Macedo; Fazer de cada criança um leitor – Maria F. Ziegler; Estimular a Produção Artística – Marisa Szpigel ;  Trabalhar junto com os Colegas – Carla S. Martins; Escolher o Brinquedo Certo – Fabiana Faria;  Por entre as Pedras, Armas e Sonhos na Escola – Sonia Kramer .




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